domingo, 12 de setembro de 2010

"Los Padres Terribles" - Dirección: Alberto Zimberg

 
 
 Foto: Guilherme Santos


"Los Padres Terribles" (Uruguai)/ Sala Carlos Carvalho - "Uma família disfuncional através do olhar ácido do genial cineasta e dramaturgo francês Jean Cocteau (1889-1963). Infidelidade, ciúme e confusão de identidades se misturam para criar uma farsa feroz e hilariante. Quando parece que todas as peças poderiam se encaixar, uma decisão drástica deixa cada um dos personagens frente a frente consigo mesmos, com suas loucuras." 
Os meus 8 leitores sabem da minha simpatia e do meu carinho pelo teatro uruguaio e lá fui eu assistir "Los Padres Terribles", correndo, depois do meu útlimo dia de oficina com a Marta Isaacsson. Bem, o que vi em cena me gustó mucho, o diretor Alberto Zimberg opta por uma construção de um teatro de vaudeville onde o ritmo é frenético e as atuações, em muitas vezes , histriônicas. O cenário é simples e funcional e nos faz participar efetivamente de tudo o que acontece naquele quarto. Os atores estão nuito bem em seus personagens, e nas situações absurdas que passam, fazendo com que o jogo cênico nos prenda a atenção e nos faça rir com eles, deles e de nós mesmos em diversos momentos. Quero destacar aqui a atuação de Carla Moscatelli, a tia Leo. Desde o primeiro momento em que aparece ela toma conta da cena, com sua voz, com sua postura cênica, com sua energia, com sua presença. Uma brilhante atriz em todos os sentidos.
Talvez a partir de "Los Padres Terribles" as pessoas parem de tachar o teatro uruguaio de ultrapassado e passem a entender que o fazer teatral é livre de etiquetas e que cada um é cada um, faz a sua arte com verdade e paixão, e isso é o que importa.

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