quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Aprender
a não sentir tanto
a não falar tanto
a não ouvir tanto.

Aprender
a escutar mais as sensações
a preservar mais o silêncio
a calar a voz e o coração.

Calar.
Refletir.
Pensar.
Onde o mais é menos
E o menos é mais.
Sem transparência
Ou como uma que não seja tão reveladora.

Manter o segredo
O mistério
O sagrado e o profano.
Palavras.
Sempre as palavras.
E eu necessito delas.

Agora.
Aqui.
O que há?
Nada? Tudo?
Sei lá!

Palavras.
Sempre as palavras.
E o resto é silêncio.



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Vida Leva (Nelson Angelo)


Tem tanta maneira de levar a vida
A vida leva
Sambando sempre tem jeito
A gente tem direito de ser feliz
Tudo bem mas deixa eu tocar meu samba
Ritmo não é só fazer escala
O samba se aprende na escola da vida
Pergunte ao mestre-sala
Tudo bem mas deixa eu cantar meu samba
Quero alegria, paixão e generosidade
O pão de cada dia, gentileza e muito som
Aí é que fica bom
Tem tanta maneira de levar a vida
A vida leva
A gente tem direito de ser feliz
Deixando de lado a utopia
Não vamos fazer discurso agora
É a hora do samba e o samba não tem fim
Sendo assim vamos viajar no samba
Que a moçada já está alucinada
O samba começou de manhã cedo
E vai até de madrugada

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Je donne mon avis non comme bon mais comme mien."
(Michel de Montaigne)
Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral. (Fonte: Wikipédia)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Los Caballos" - Dirección: Ernesto Clavijo

 Foto: Mariano Czarnobai

"Los Caballos" (Uruguay)/ Teatro Bruno Kiefer - "Se algum dia percebessemos a com nitidez a essência de nosso ser latinoamericano, encontraríamos o eterno casamento entre a realidade a fantasia, entre os sonhos e o mundo consciente. As ilusões, tão constantes nos textos de Mauricio Rosencof, se verão frustadas. Mas ficaram os sonhos. Ulpiano, Lito, Clotilde, Azucena e Barreto (personagens da peça) sonham em voz alta. E n os contam seus sonhos, em meio as tragédias de suas vidas, de maneiras que lhes parecem certas". Saí de casa para ver uma montagem do Teatro de La Gaviota, já que quando estive em Montevideo, tive de voltar um dia antes da estreia de companhia na sede deles e fiquei com vontade de vê-los em cena. A hora chegou e lá fui eu ver "Los Caballos". Teatro cheio, apagam-se as luzes e eis que começa o espetáculo. Bueno, abrem-se as portas do onírico e somos convidados a viajar com essas personagens que vivem em outra época. Só que para muitos fica difícil quando o texto é dito num castellano coloquial e aí se dá o distanciamento. O elenco é desigual, deixando mais evidente as dificuldades em fazer do que o prazer de estar fazendo algo. A construção do papel do menino (Lito) é fraca, cai naquele esteriótipo de parecer quase débil, no tom de voz, nas atitudes, no andar. Os atores que fazem Ulpiano, Azucena e Barreto têm verdade, emoção e dão conta do recado, mas não dá para fazer milagre se não há uma concepção de direção segura. Ver Júver Salcedo/Ulpiano (diretor do Teatro de La Gaviota) em cena comemorando seus 60 anos de dedicação ao teatro é lindo e emociona, mas infelizmente o espetáculo deixou a desejar.

"Cuestión de Principios" - Dirección: Patricia Yosi


 Foto:Ivo Gonçalves

"Cuestión de Principios" (Uruguay)/ Instituto Goethe - "Um homem e uma mulher estão frente a frente, depois de muito tempo sem se ver. Ele é um sindicalista com uma longa miltância política. Ela, uma jornalista e escritora bem sucedida. São pai e filha. Ele escreveu suas memórias e quer que a filha publique um livro sobre isso. Os princípios de pai e filha se confrontrarão quando os dois começarem a trabalhar juntos nesse livro; dois mundos diferentes onde se contrapõem a ética e os ideais de cada um". Bueno, essa é a sinopse da história e me interessei em vê-la. Dia chuvoso em Porto Alegre, teatro do Goethe, alguns lugares vazios na plateia e começa o espetáculo. O que vejo em cena é um embate, um embate entre pai e filha e entre dois bons atores. A história é simples, cenário, figurinos e luzes também, mas as atuações são muito bem construídas, vemos uma proposta de direção - que pode agradar ou não - mas existe. Walter Reyno constrói esse pai militante, sonhador e frágil de uma forma tão natural ... e aproveita a sua própria fragilidade física para o personagem (abro aqui um parentesis para dizer que Walter teve um problema de saúde muito sério há pouco tempo e ainda está em recuperação). Walter é de uma geração de atores uruguaios que trabalha o tempo todo com a construção da personagem nos "moldes Stanislavski", o que para muitos pode ser ultrapassado, mas que funciona - e muito! - se bem feito. Laura Sanchez constrói essa filha num contraponto, forte, segura de si, que serve ao sistema. Algo mortal para esse pai que ainda sonha com um mundo socialista. Mas, essa filha é tão segura assim? Claro que não. E aí se estabelece a relação, o embate entre dois mundos, o choque entre duas gerações, a ação dramática. E Walter e Laura nos fazem rir, nos emocionam, nos fazem refletir ao ver em cena o que muitos de nós vemos e/ou temos no dia-a-dia. Um bom espetáculo, verdadeiro, sensível, simples e sincero, com dois atores de primeira qualidade. Uma ótima surpresa desse 17º Porto Alegre em Cena.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Por Tu Padre" - Dirección: Miguel Cavia


"Por Tu Padre" (Argentina)/ Theatro São Pedro - "O espetáculo trata da relação de paternidade, do desafio de saber sobre a própria origem. No enterro do pai, o filho, já aos trinta anos e também pai, de um menino de 12 anos, resolve esclarecer a dúvida sobre sua verdadeira ascendência. Na cerimônia do funeral, está o antigo amante de sua mãe, amigo do seu pai agora morto. E seu possível pai verdadeiro. A direção de Miguel Cavia torna o contexto de um mero ajuste de contas em um diálogo sobre a solidão e a ternura, a identidade de alguém que tem sempre muitas possíveis origens."
Sábado, dia 18/9, lá fui eu assistir "Por Tu Padre" no São Pedro. Na verdade fui ver "ao vivo" Federico Luppi, esse ator argentino que adoro desde que o vi no filme Elsa y Fred. Teatro cheio, eu na quarta fila da plateia (uhu!) e começa o espetáculo. O que vejo em cena são dois grandes atores, senhores do seu ofício. Adrián Navarro, o filho frágil, fraco, tímido, solitário, quase infantil mantém-se num estado de alma tão intenso e verdadeiro do primeiro ao último minuto ... lindo de ver, de sentir, de respirar junto. O embate entre o filho e o (s) pai (s) se dá através de diálogos banais (e reais!), se ri muito, mas também há tempo para reflexões. Que pessoas queremos ser ou não ser? Eis a questão! Esse filho que ainda tem reações de um menino de 12 anos queria ser assim? Ou não conseguiu ser de outra forma? Esse pai tão fraco, que aceitou a traição da mulher (por não saber exisitir sem ela!) queria ser assim? Ou não conseguiu ser de outra forma? Questionamentos, razões, medos, angústias, amor ... tudo está ali. Federico Luppi, como o pai, vive toda a fragilidade daquele ser, da mesma forma que vive a certa prepotência do antigo amante ... é real, natural ... como o cara que a gente tem (ou teve) em casa e a quem chamamos de pai. Dois grandes atores em cena, direção segura e que diz a que veio, cenário e luzes de uma beleza e delicadeza de acordo com o clima ... o que dizer? Que foi muito bom sair de casa e que voltei para ela levada pelos deuses do teatro. Evoé!

"Sonata de Otoño" - Dirección: Omar Varela


Foto: Guilherme Santos

"Sonata de Otoño" (Uruguay)/ Teatro Renascença - "Filme em 1978, a versão original de “Sonata de Outono” foi dirigida por Ingmar Bergman. A versão teatral é de Omar Varela, um dos diretores mais importantes do Uruguai. A ação se centra em Charlotte, uma famosa pianista que volta para sua casa depois de sete de anos de ausência. É quando ela encontra Eva, sua filha mais velha, que, devido às circunstâncias, educou Helena, a filha mais nova, agora, fatalmente doente. Eva é casada com Viktor, um pastor da igreja local. O casal perdera recentemente seu único filho afogado. A música versus a família. O ser artista versus o ser mulher. O texto explora o universo humano em que não há bons nem maus, mas a complexidade."
Confesso que fui assisitir a essa montagem por causa da Estela Medina (Charlotte). Eu queria tirar a limpo a péssima impressão que tive ao ver essa tão prestigiada atriz uruguaia num papel constrangedor em "La vida es Sueño", montada pela Comedia Nacional (companhia da qual faz parte desde áureos tempos) e que foi apresentada no 15º Poa em Cena. Bueno, finalmente pude ver o trabalho de Estela, afinal Charlotte é uma personagem que ete dá ganas de fazer por ser tão irônica, fria, egoísta e fútil. Ela só enxerga o próprio umbigo o tempo todo (pela dificuldade de lidar com suas emoções), não se importando (ou fingindo não se importar) com a dor que sempre causou - e causa - às suas filhas. Estela é essa mulher, pela postura, pela vaidade cênica, pelo tom, e cumpre belíssimamente seu papel, com verdade e emoção. Mas, mesmo assim há um excesso, como num quadro onde a tinta excede o traço. Vejo que o me voy da bruxa em La vida es Sueño faz parte dela, da atriz, da linha de interpretação que ela tem na carne, é um fazer teatral que sempre tem que ser grandioso, grandiloquente, com muitos gestos e impostações vocais que nos soam muitas vezes caricatos, mas é um estilo seguido nos anos 50 (semelhante aos melodramas hollywoodianos da mesma época) e temos de respeitá-lo. Isso não afeta, em nada, o fato de Estela Medina ser um ícone da sua geração. E eu como consegui retirar o excesso de tinta, vi ali um trabalho digno de parabéns. A atriz Margarita Musto (Eva) emociona com sua verdade e com sua construção tímida e frágil dessa personagem, apesar de faltar uma reação nos momentos onde a verdade - com sua dores e mágoas - é dita cara a cara. Cenários, figurinos e luzes funcionais e de acordo com tudo o que se vê. Uma montagem bonita, delicada e bem feita, mas que não me tocou, não me fez refletir sobre. E disso eu sinto falta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"As Troianas - Vozes da Guerra" - Direção: Zé Henrique de Paula


 Foto: Lenise Pinheiro

"As Troianas - Vozes da Guerra" (São Paulo)/ Teatro de Câmara Túlio Piva - "Baseado em Eurípedes, com direção de Zé Henrique de Paula, o espetáculo suprime a fala dos personagens e faz paralelo entre a Guerra de Troia e a Segunda Guerra Mundial. As sobreviventes troianas simbolizam as judias arrasadas pelo horror do holocausto, levantando questionamentos sobre privação de direitos, medo, dor e esperança. O texto é transmitido por ações e pela trilha sonora, composta por músicas folclóricas iídiche e gregas, entre outras". 
Contrariando o boca a boca porto-alegrense lá fui, ontem, assistir a essa montagem paulista, falada em alemão. Posso dizer uma coisa: ainda bem que segui a minha intuição. O espetáculo é belíssimo no sentido plástico, estético e teatral. O parelelo criado entre a Guerra de Tróia e o Holocausto é genial. Com uma iluminação, ambientação sonora, figurinos, cenário e elenco afinadíssimos, esse espetáculo teria de tudo para ser uma grata surpresa no Poa Em Cena, mas não o foi. Eu não entendo uma linha sequer em alemão, mas como conheço e estudei o mito trágico e o Holocausto, a barreira da língua não me incomodou, até porque há várias níveis de entendimento e me enquadrei num deles, o da emoção. Mas confesso que para as pessoas que não têm conhecimento sobre tragédia nem entendem alemão, deve ter sido meio difícil acompanhar a história. Há uma cena inesquecível, para mim, nessa montagem: Astianax se despedindo da mãe, Andrômaca, sabendo que vai para a morte, cantando uma linda canção em ídiche. O herói. Emocionante, intenso, trágico.
Quero destacar aqui algumas atuações: da atriz que faz Andrômaca, verdadeira, intensa, trágica desde o primeiro segundo; da atriz que faz Helena, tão intensa e desafiadora como a belíssima traidora; do ator que faz o sub-comandante alemão, num trabalho excepcional na linha tênue entre o dever e a culpa e a do ator que faz o comandante alemão/Menelau, tão desprezível em todos os sentidos que a palavra possa oferecer. Destaco também a interpretação de todos nas canções, vozes afinadas que nos preenchem de sensações. Vocês devem estar pensando: E Hécuba? Bem, a meu ver, a atriz que faz Hécuba não tem o "peso" necessário, a tragicidade que a personagem exige ... ela fica o tempo todo demonstrando o que vai fazer - como se fosse montar uma coreografia de ballet contemporâneo - e não vive, não emociona. E Hécuba é uma personagem divina, é a Rainha de Tróia que perde todos e tudo, mas não se deixa abater: vai de cabeça erguida rumo à morte anunciada. 

"Ir embora com a visão dessas chamas queimando dentro dos meus olhos! Preciso me levantar. Preciso olhar para minha cidade e lhe dizer adeus. Em todo o mundo nunca houve outra igual a ti! Ah, esplêndida morada! Terra bendita até a pouco tão próspera! Ah, terra que deu a luz aos meus filhos! (Ajoelha e bate na terra com as mãos) Filhos, respondam! (Silêncio) Senhor do tempo, Zeus, nosso pai, filho de Crônos! Vê como sofrem esses teus filhos. (Longo silêncio) Vamos, pernas! Me ensinem a andar como uma escrava."
(Hécuba em "Tróia")

"Antígonas" - Dirección: Leonor Manso



"Antígonas" (Argentina)/Teatro Bruno Kiefer - "Quatro narrativas sobre a (des)ritualização do cotidiano no trato da matéria humana contemporânea sob a ótica do mito clássico. A tônica desse espetáculo, dirigido por Leonor Manso, é a existência como lugar/não-lugar que se concretiza no movimento da voz, no deslize pelas situações, na relação entre a constituição do ser mulher e o enigma que está por trás dessa figura. A complexidade e a imensidão do que há de feminino no nosso próprio universo."
Confesso que saí de casa, anteontem, com uma certa expectativa, afinal de contas quando se trata de algo relacionado a algum mito trágico, eu sempre crio expectativas ... e isso definitavente não é legal. O que vi em cena foi o trabalho de duas boas atrizes, mas confesso que fora a última cena que corresponde a "filhas da dor", não senti a correlação com o mito trágico. Pode ser que naquela noite eu não estivesse tão antenada ...




domingo, 12 de setembro de 2010

"Los Padres Terribles" - Dirección: Alberto Zimberg

 
 
 Foto: Guilherme Santos


"Los Padres Terribles" (Uruguai)/ Sala Carlos Carvalho - "Uma família disfuncional através do olhar ácido do genial cineasta e dramaturgo francês Jean Cocteau (1889-1963). Infidelidade, ciúme e confusão de identidades se misturam para criar uma farsa feroz e hilariante. Quando parece que todas as peças poderiam se encaixar, uma decisão drástica deixa cada um dos personagens frente a frente consigo mesmos, com suas loucuras." 
Os meus 8 leitores sabem da minha simpatia e do meu carinho pelo teatro uruguaio e lá fui eu assistir "Los Padres Terribles", correndo, depois do meu útlimo dia de oficina com a Marta Isaacsson. Bem, o que vi em cena me gustó mucho, o diretor Alberto Zimberg opta por uma construção de um teatro de vaudeville onde o ritmo é frenético e as atuações, em muitas vezes , histriônicas. O cenário é simples e funcional e nos faz participar efetivamente de tudo o que acontece naquele quarto. Os atores estão nuito bem em seus personagens, e nas situações absurdas que passam, fazendo com que o jogo cênico nos prenda a atenção e nos faça rir com eles, deles e de nós mesmos em diversos momentos. Quero destacar aqui a atuação de Carla Moscatelli, a tia Leo. Desde o primeiro momento em que aparece ela toma conta da cena, com sua voz, com sua postura cênica, com sua energia, com sua presença. Uma brilhante atriz em todos os sentidos.
Talvez a partir de "Los Padres Terribles" as pessoas parem de tachar o teatro uruguaio de ultrapassado e passem a entender que o fazer teatral é livre de etiquetas e que cada um é cada um, faz a sua arte com verdade e paixão, e isso é o que importa.

sábado, 11 de setembro de 2010

"Happy Days" - Direção: Bob Wilson

"Happy Days" (Itália) / Theatro São Pedro - "Escrito pelo irlandês Samuel Beckett (1906-1989), “Happy Days” é o último grande texto de um dos dramaturgos mais importantes do século XX, que preferiu, nos últimos anos, escrever textos cada vez menores.  Trata-se da tragédia da contemporaneidade: o homem está preso em suas próprias amarras tendo como desafio paradoxal permanecer como está. Winnie é a heroína dessa (des)aventura do apagamento do tempo e do perpetuar da ação".
Ontem, essa que vos escreve saiu de casa rumo ao São Pedro para assistir mais uma montagem do Bob Wilson. Sim, eu que já era admiradora do trabalho dele, após ter o prazer de assisitir Quartett,  virei fã. Teatro lotado (eu finalmente na plateia, uhu!), primeiro sinal, segundo sinal, terceiro sinal ... entra o som, o voil branco sai de cena e eis que surge Adriana Asti/ Winnie. Desde o primeiro momento o que se dá, para mim, é uma aula de atuação de Adriana Asti ... perfeita, milimétrica e grandiosa ao mesmo tempo. Cada detalhe é vivo, é presente (em todos os sentidos da palavra), é verdadeiro. A iluminação te incomoda, o som que marca o acordar/dormir da personagem também, mas é proposital. Afinal, como esperar sempre "le beau jour" se nada está bem ou bom? Como esperar "le beau jour", apesar de tudo? A direçao de Bob Wilson opta pelo texto dito em francês, o que eu acho que dá um ganho especial à montagem, e faz com que as falas tenham uma certa ironia em inúmeros momentos ... mas como não se servir de uma certa ironia para sobreviver a tal aprisionamento? Quem esperava ver a "pirotecnia" de Quartett deve ter saído de lá achando tudo muito parado ou careta, mas eu que fui de coração puro assistir a esse "monólogo" do Beckett, saí de lá de alma lavada em ver uma das grandes dammes do teatro europeu (e do cinema também!), bem de pertinho, (cada nuance, cada olhar, cada intenção, cada gesto) ser ovacionada pelo público presente e agradecer com lágrimas nos olhos. Sim! Podem me chamar de careta, ultrapassada ou o que for, mas eu gosto de TEATRO!

domingo, 5 de setembro de 2010

AMANHÃ, segunda,06/9 - Lançamento do Cd "O Samba Transcendental de Marcos Ozzellin" na Modern Sound! RJ! Imperdível!

Meus caros!

Aqui vai uma dica imperdível para uma noite acalorada nesse inverno carioca!
Música de qualidade, alto-astral e ambiente pra lá de agradável!
Esperamos vocês lá!

¡Besitos!

Show de Lançamento do Cd "O Samba Transcendental de Marcos Ozzellin"na Modern Sound!

Marcos Ozzellin, acompanhado do quinteto formado por Rodrigo Lima e Geraldo Martins nos violões, Wilson Chaplin e Thiago Kobe nas percussões e Marcelo Pfeil no cavaco, fará um Show de Lançamento do Cd "O Samba Transcendental de Marcos Ozzellin", dia 06 de setembro, na MODERN SOUND.
No repertório sambas conhecidos em arranjos elegantes, entre eles: “Preciso me Encontrar” (Candeia), “Deixa” (Baden Powell/Vinícius de Moraes), “Samba Rasgado” (Portello Juno/Wilson Falcão), “Com que Roupa” (Noel Rosa), “Quando eu penso na Bahia” (Ary Barroso) e “Saudações” (Egberto Gismonti/Paulo César Pinheiro).

Dia: 06/9 (segunda -feira) às 19h
Local: Modern Sound (Rua Barata Ribeiro, 502 D - Copacabana - RJ)

*Entrada Franca*
Reservas: (21) 2548-5005
Produção & Assessoria: Rosite Val

sábado, 4 de setembro de 2010

Un homme qui dort - George Perec (1974)


"... A solidão não te ensina nada. A indiferença é inútil, não te faz diferente ..."