quinta-feira, 11 de março de 2010

... Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito ...


Por que será que nossos grandes amigos moram sempre longe? Não falo daqueles amigos que nos viram nascer, crescer e envelhecer, falo daqueles que a vida nos apresentou, nos trouxe de maneiras diversas. Há uma “máxima” que diz que só são grandes amigos porque moram longe, porque se morassem perto desceriam de categoria. Pode ser que a distância ajude a conservar os melhores sentimentos, mas acredito que o que faz uma amizade crescer e prosseguir é uma mistura de querer conhecer o outro, de respeitar, admirar e amar. Sim! Amar e respeitar as diferenças, as semelhanças, as maluquices, as flores e os espinhos que cada um de nós carrega dentro de si. Mas para que isso aconteça verdadeiramente é necessário estar aberto porque só assim se dá a magia.
Ter amigos é uma dádiva, fazer novos amigos e conservá-los também. Posso dizer, como quase todo mundo, que já tive aquela fase em que achava que todas as pessoas que dividiam a mesa de bar ou trabalhavam comigo eram minhas amigas, ledo engano, bastou uma mudança no meu “status” para que todas desaparecessem. Claro, eram somente meus coleguinhas e coleguinhas não te estendem a mão, eles têm mais o que fazer ... é assim ... sem mágoas nem ressentimentos. A vida anda, a gente aprende a separar "o joio do trigo” e se diverte lembrando daqueles papos nas mesas de bar, daqueles tempos ingênuos (os benditos 20 e poucos anos), onde ninguém se conhecia de verdade, apesar da amálgama muitas vezes existente. Quando você vai se aproximando dos 30, muda o foco e aí surgem aquelas amizades que serão para sempre. Com um detalhe: esses amigos moram longe e não têm a mesma idade que você, mas têm um coração que combina com o seu e o desejo de querer conhecer a pessoa que está na sua frente. Não é toda hora que você ganha um presente como esse, mas quando ele chega te alegra e te acarinha ... isso é qualidade de amizade.
Os meus verdadeiros amigos estão espalhados por aí: em Recife, em Porto Alegre, em Montevideo, no Leme e em São Gonçalo, e sei que cada qual, a sua maneira, sempre estará ali com uma palavra para oferecer, um sorriso, um olhar. Da mesma forma que eu também estarei ... isso é RECIPROCIDADE. Sim! A via da amizade tem de ser de mão-dupla!
Obrigada a vocês que fazem parte da minha vida nesses últimos dez anos e saibam que podem contar comigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, pois o amor que nos une é philia e ágape, fraternidade e solidariedade!

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