E ela pensava
Nas presenças ilusórias
Nas ausências verdadeiras
No faz-de-conta do dia-a-dia
E na realidade do instante.
De que será feito o instante?
De uma junção de 'agoras'
Ou de puro pó imaginário?
E enquanto isso
No meio da multidão
A senhorinha - de olhos distantes e brilhantes -
Dançava sem parar.
(25/4/2013)
"Quero te dar chuva de flores pela manhã. E
quando quiseres podes vir colher sorrisos direto do quintal da minha
alma. Nunca há de te faltar afeto. E se murchar tua alegria, podes vir
buscar uma muda no meu jardim para que a tua floresça outra
vez. Se te faltar o vento, eu te sopro carinho. E se te faltarem as
cores do dia, a gente pinta tudinho com tons de felicidade. Lá do alto,
não te deixarei olhar para baixo e mesmo que escorregues de uma nuvem
molhada, eu não te soltarei a mão, não te deixarei cair. Amizade é isso,
teto firme no temporal, água para a sede no deserto, riso pra enxugar a
lágrima que cai."
(Caio Fernando Abreu)
